quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ferramentas Colaborativas e EAD: Uma Parceria de Resultados

Wikis, blogs e sistemas de videoconferência facilitam e potencializam estratégias de aprendizagem



Segundo dados da pesquisa realizada pelo Ibope em março deste ano, mais de 29 milhões de pessoas acessam a Internet no Brasil. Os números estão crescendo, o que significa que cada vez mais pessoas estão tendo acesso à cultura e às tecnologias digitais, como pretende o projeto Sociedade da Informação do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Mas o que falta realmente para que a utilização da educação a distância seja ampliada no Brasil? Heloisa Arruda, coordenadora pedagógica do Núcleo de Tecnologias Aplicadas à Educação do Senac São Paulo, explica que muitas instituições de ensino ainda têm concepções equivocadas sobre esta modalidade educacional e, por isso, utilizam técnicas de aprendizagem incorretas. “Um grande problema, por exemplo, está relacionado aos modelos que envolvem muitos alunos para apenas um tutor, que fica sem condições de dar muita atenção aos processos de ensino-aprendizagem”.

De fato, a educação a distância pode realmente auxiliar a disseminação da educação e cultura no País. E esta é uma opinião unânime entre educadores e especialistas do setor, incluindo Gley Fabiano Cardoso Xavier, membro do Comitê de Qualidade da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED). “Para que esta ideia aconteça, é necessário ter iniciativas educacionais voltadas às regiões e pessoas que não têm acesso à modalidade presencial, seja com a utilização de tecnologias simples ou sofisticadas”, diz.

Para o especialista, a infraestrutura de um projeto de EAD está diretamente ligada ao seu público-alvo e aos objetivos a serem alcançados. Portanto, em primeiro lugar, é necessário definir este público de forma detalhada, considerando todas as variáveis sociais, econômicas e culturais. “É preciso manter o foco em quatro pilares importantes: mercado, pedagogia, tecnologia e operação. E estes itens são complementares e transdisciplinares para a construção e aplicação de um bom programa”, explica.

Heloisa Arruda lembra que também é fundamental investir na formação técnica dos docentes. “A inovação surge com a criatividade de planejar aulas com diferentes estratégias de aprendizagem, por meio do uso dos recursos disponíveis. Além disso, não se pode esquecer dos professores, já que eles irão possibilitar bons resultados pela prática pedagógica”, conta.

Nessa busca pelo desenvolvimento das melhores práticas, a tecnologia pode resolver problemas, além de potencializar a metodologia já utilizada. “Na educação a distância, a tecnologia permite melhorar a interação entre pessoas que estão distantes e aproximar pessoas e conteúdos”, diz a coordenadora.

Como exemplos de ferramentas colaborativas já disponíveis aos usuários, sites de relacionamento como Facebook e Orkut, podem ser usados para o intercâmbio de informações e, também, para que os próprios alunos se conheçam e interajam.

As ferramentas wiki, por sua vez, possibilitam que os alunos trabalhem em colaboração, realizando consultas e construindo documentos em conjunto. E a Internet oferece diversos recursos gratuitos, como TWiki e TikiWiki, entre muitos outros.

Blogs convencionais e miniblogs, como o Twitter, chats e fóruns de discussão são outras ferramentas que podem ajudar a potencializar o processo de ensino-aprendizagem de alunos localizados nas mais variadas regiões do Brasil.

Com relação à realidade virtual, o SecondLife – e outros simuladores que podem ser criados com a ajuda do programa Blender - possibilitam maior interação dos participantes com o conteúdo de um curso, por exemplo, e também com outros alunos.

A utilização de sistemas de vídeo e teleconferência, por sua vez, permite que docentes distantes compartilhem arquivos de imagem e áudio para discutir diversos temas, em tempo real, com grandes grupos de alunos. “Mas é preciso ter atenção na produção e proposta de uso destes sistemas. Pois a utilização de teleconferência demanda maiores recursos de produção, além de investimentos em infraestrutura”, alerta Xavier.

Várias ferramentas colaborativas disponíveis estão despontando como soluções importantes para potencializar as estratégias de aprendizagem. Muitas destas tecnologias estão prontas e disponíveis na Internet. Mas a recomendação é que os docentes analisem cuidadosamente os recursos tecnológicos disponíveis, justamente para adequá-los ao projeto pedagógico em questão. Pois, caso não atendam às suas necessidades, será necessário contratar uma equipe multidisciplinar para desenvolver ferramentas mais adequadas.

Por isso, Xavier sugere que toda instituição faça seu “dever de casa”, pesquisando o potencial pedagógico de cada tecnologia antes de adotá-la para a produção e aplicação de qualquer conteúdo pedagógico. “Agindo desta forma, certamente, as instituições poderão evitar problemas e criar diferenciais em seus cursos”, finaliza.

Fonte: Newsletter SENAC - Setembro/2009 - Universo EAD

domingo, 6 de setembro de 2009

Revista Dirigida: Uma Edição Dedicada Integralmente à EAD.


A  Revista Dirigida, dedicou a edição do mês de setembro/2009, integralmente á pauta da Educação a Distância, e ainda enfatizou o POTENCIAL que esta modalidade de educação tem, pois possibilita  a democratização do saber, levando oportunidades  de estudo a comunidades que , dificilmente poderiam ter acesso ao estudo de forma presencial, já que são de difícil acesso.

O mais importante, ainda é que, além do conteúdo da edição ser interessantíssimo, está disponível pela internet, basta, acessar o link abaixo:

http://www.revistadirigida.com.br/home.aspx

BOA LEITURA!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Universidade Aberta de Portugal Ganha Prêmio de Prestígio Internacional


Com algum atraso, venho compartilhar com todos esta notícia que enobrece não só seu corpo diretivo e docente, como também discente, onde me configuro.
A Universidade Aberta foi distinguida pela EDEN (European Distance and E-Learning Network) com o "Eden’s 2009 Best Research Paper Award".


O trabalho premiado foi produzido pelo Laboratório de Educação a Distância (LEaD),  intitulado "Evaluating Continuous Assessment Quality in Competence-based Education Online: The case of the e-Folio", foi apresentado na conferência anual da EDEN, que decorreu de 10 a 13 de Junho, na Polónia.

A decisão  foi unânime do júri - presidido pelo Reitor-Fundador da FernUniversitä, o Professor Emérito Otto Peters - teve em consideração, entre outros aspectos, a qualidade da investigação e também as características inovadoras do E-Fólio, enquanto instrumento de avaliação contínua.

Os investigadores Alda Pereira, Isolina Oliveira, Luis Tinoca, Lúcia Amante, Maria do Carmo Teixeira Pinto, Maria de Jesus Relvas e Darlinda Moreira , são dignos de honrosos PARABÉNS. Assim como todos os componentes desta Universidade, que vem estabelecendo a EAD de forma tão prestigiosa.


Como já dizia um ditado popular "a propaganda é a alma do negócio", por isso, disponibilizo o link para a visualização da matéria a respeito:
http://www.eden-online.org/contents/conferences/annual/Gdansk/papers/F1/100.htm

A Teoria da Distância Transacional - Michael Moore

O desenvolvimento de novas tecnologias de informação e comunicação, no decorrer dos anos, tem conduzido à difusão das oportunidades, no que concerne à aprendizagem, através da combinação de recursos tecnológicos e humanos. A sua presença no sistema educacional faz com que seja necessário reflectir sobre pontos intrínsecos à educação, como: didáctica, metodologia, avaliação, planeamento,programas, …
Os estudos sobre a Educação a Distância, em que o aluno não tem uma delimitação geográfica e nem uma sala de aula, têm proliferado, pois a utilização das tecnologias permitiu alargar o alcance e as possibilidades do EaD. Sendo, desta forma, importante reflectir e discutir sobre as diferentes facetas do EaD, nomeadamente: enquadramento histórico, métodos, práticas pedagógicas, teorias, …
As teorias sobre o Ensino a Distância têm evoluído ao longo das últimas décadas, devido a uma pluralidade de actividades que se aliaram nesta modalidade. As teorias relativas ao Ensino a Distância são as seguintes:
- Teoria da Industrialização (Peters)
- Teorias da Autonomia e Independência (Wedemeyer)
- Teoria Transaccional (Moore)
No presente trabalho, dedicar-nos-emos à apresentação da Teoria da Distância Transaccional de Michael G. Moore. Esta teoria, quando foi apresentada, em 1972, foi chamada "Teoria da Autonomia do Aluno - a segunda dimensão da aprendizagem independente", fortemente influenciado por Wedemeyer, de quem M. Moore foi discipulo. Moore pegou na sua teoria (sobre a independência do aluno a distância e a relevância dessa independência no seu sucesso) e na de Peters (de industrialização do ensino a distãncia) e apresenta uma teoria unificadora.
Nesta teoria, Michael Moore (1993) diferencia a distância transaccional da distância geográfica, referindo-se-lhe da seguinte forma: "A transacção a que chamamos Ensino a Distância ocorre entre individuos, mestres e aprendentes, num ambiente que possui caracteristica especial de ambos estarem separados um do outro. Esta separação física conduz a lacunas de ordem psicológica e comunicacional originando A Teoria da distância transaccional – Michael Moore.
Frequentemente um espaço potencial para a existência de situações de ruído na comunicação professor-aluno".
Para o autor, a distância transaccional é uma função de duas variáveis: diálogo e estrutura. O diálogo está relacionado com a capacidade de comunicação entre o professor e o aluno, enquanto que a estrutura é uma medida da resposta de um programa às necessidades individuais do aluno.
A outra dimensão da teoria de Moore tem a ver com a aprendizagem autónoma.
Relaciona-se com a primeira dimensão na medida em que quanto maior fôr a distância transaccional maior é a autonomia de actuação do aluno. Moore considera que a autonomia surge como consequência do processo de maturação do indivíduo e que os programas de Ensino a Distância, devido à sua estrutura, requerem alunos com comportamentos autónomos de modo a conseguirem concluir com sucesso esses mesmos programas.

Acessando o link abaixo poderá acessar este texto na sua totalidade:
http://grupomoore.wikispaces.com/file/view/Trabalho_Final_Moore.pdf

Obs.: Trabalho Desenvolvido em grupo, através da participação dos seguintes componentes Luciana Grof,
Maria de Lurdes, Maria Leal, Marco Freitas e Teresa Fernandes.